Resolver problemas é igual limpar o chão. Você não sabe como, mas vai aparecer sujeira de novo. E você vai ter que limpar novamente. Talvez uma das grandes certezas da vida: você sempre vai ter problemas para resolver... e hoje surgiu um grande pra mim. Mas vamos com calma que tudo vai dar certo...
Bom, depois desse desabafo, o real motivo desse post é que ontem comecei um experimento social/antropológico. Abandonar meu smartphone por 1 mês e meio. Até o dia 31 de Maio, pelo menos, vou ficar com um celular sem internet, câmera fotográfica e música. Regredindo mais ou menos uns 8 a 10 anos na história da tecnologia.
E meu primeiro dia já foi diferente. O que a nossa vida mudou desde que os primeiro smartphones surgiram não dá para imaginar... E a gente só não notou porque foi acontecendo de forma lenta. Mas quando de um dia para o outro você volta no tempo uns 10 anos, vê que muita coisa está diferente.
Bom, a primeira coisa que notei é que o tecladinho numérico (abc / def / ghi...) é extremamente irritante para quem já se acostumou com o outro, o qwerty (acho que esse vai ser meu maior problema com esse experimento).
A segunda coisa foi que muitas vezes eu pego ainda o celular, mas como não tem nada de interessante para ver, já coloco no bolso de novo... se eu estivesse com meu smartphone, provavelmente em todas essas vezes eu divagaria um pouco com emails, joguinhos ou whatsapp e perderia a chance de observar um pouco mais a vida...
O objetivo desse experimento é provar uma tese que venho há algum tempo sustentando. Se somarmos prós e contras, a nossa vida piorou com os smartphones. Isso porque acredito que sacrificar os pequenos momentos que passam despercebidos quando estamos na telinha não vale pela rapidez de informação e conexão que a internet móvel proporciona. Mas claro, que a certeza dessa tese só será provada ou refutada no final de maio.
Vou mantendo atualizado aqui o experimento.