Talvez uma das últimas coisas passíveis de planejamento seja a nossa vida. Não conheço uma vivalma (palavra idosa essa, não?) que tenha feito com que sua vida seguisse um roteiro pré determinado. Nem quem tenha chegado perto disso.
Mas ainda assim insistimos em planejar nossa vida.
Existe um hábito (quase como um ritual) principalmente entre os americanos que é estabelecer metas/objetivos para sua vida. Em tudo. Na sua vida pessoal, no trabalho, atividades físicas. A ideia basicamente é fazer um roteiro de sua vida de trás para a frente, do final da vida para o começo, que vou tentar explicar rapidamente:
Comece pensando o que gostariam que falassem de você no seu velório. Ou seja, nessa primeira etapa, estabeleça quais os legados que você gostaria de deixar. Um livro, um filho e uma árvore? Pessoas agradecidas por atividades altruístas? Herança milionária para os filhos ou sobrinho? Qualquer coisa. Mesmo. Coloque tudo num papel.
Depois, estabeleça suas metas para sua aposentadoria (daqui 10, 20 ou 30 anos, não importa). O que você quer ter/fazer quando não estiver mais no ápice de energia para produzir? O que quer ter conquistado? Família? Vida saudável? Viagens intensas?
Feito isso, quebre essas metas em metas menores para daqui a 5 anos. Para uma vida saudável aos 60, onde você quer estar daqui a 5 anos? Corrido uma maratona? Participado de um concurso de fisioculturismo? Ser avançado em alguma arte marcial? Faça isso para todas as metas de longo prazo.
Estabeleça as metas do ano. Essas são mais palpáveis para serem entendidas pois fazemos isso (mesmo que inconscientemente) praticamente toda virada de ano. Onde quero estar no final do ano? O que quero ter conseguido? Mas, dessa vez, experimente fazer isso pensando nas suas metas de 5 e 10 anos...
Esse mês. Pra conseguir tudo aquilo que você listou para o ano, o que você tem que fazer hoje, essa semana, esse mês?
Enfim, lógico que planejar a vida não deva ser um manual fixo. Mas muita gente leva esse tipo de planejamento muito a sério, seguindo exatamente esses passos. Eu aprendi isso em uma aula da faculdade quando estava num intercâmbio nos EUA. Enquanto todos os alunos anotavam freneticamente como se aquilo fosse A resposta mágica. Mas... será que temos que fazer isso para conseguirmos o que queremos conseguir?
Obviamente que não. Pegue alguns exemplos de pessoas de sucesso para você. Muitas delas provavelmente não usavam método algum para planejar a vida.
Mas (e tudo tem um mas), há algumas vantagens em planejar. A primeira delas é você livrar sua mente de pensamentos desnecessários - escrever o que fazer/produzir/buscar faz com que esse objetivo ou tarefa pare de martelar sua mente, e acaba com o medo de "esquecer" aquilo. A segunda é que dará um rumo para algumas atividades (principalmente em estabelecer prioridades entre as atividades).
O que deve ficar claro é que esse não é o único modo de se conquistar o que deseja para o futuro. Entretanto, não deixa de ser um deles. Se eu me lembrar, vou falar mais disso amanhã.
Até breve.